terça-feira, 11 de janeiro de 2011

História

É engraçado descobrir que depois de anos sem um contato sequer, você ainda ama uma pessoa. Não aquele amor tão obsessivo de antes, mas sobra aquele sentimentozinho instigante. E mais interessante ainda, por saber que aquela pessoa nunca te amou. Na realidade, ela nunca esteve nem aí pra você, apesar de muitas vezes parecer retribuir aquele sentimento de maior amizade. Ela sempre seguiu sua vida, mudava o curso quando queria sem te avisar, e não fosse você correr contra o tempo e inventar pequenas desculpas pra se encaixar nos seus planos, você teria ficado pra trás, com lágrimas nos olhos por perder outra vez.
E é mais engraçado ainda lembrar que você conhecia como a própria mão todos os seus detalhes, cada passo de sua rotina, e inclusive, todos os seus defeitos. E batia de frente com todo mundo pra provar que eles não eram tão graves assim. Mesmo se fossem. Mas você não se importava. Sempre soube que ela (a pessoa) não era nem um pouco perfeita. Tanto porque ela te fez chorar sozinha várias vezes, por decepção, por uma espera sem fim, por uma palavra não dita, um convite não feito. E as promessas que te enchiam de esperança, e que ela nunca cumpriu. Ah, se você parar pra lembrar...
Mas também foram bons os momentos em que tudo deu certo. Claro, por mãozinha do "destino", vulgo, você. Como se você não soubesse que ela iria passar por alí as 9:37 da manhã: nossa, que coincidencia, você por aqui?! Como se você realmente não tivesse planos praquela tarde, em que ela, finalmente, te chamou pra acompanha-la em alguma coisa.
E o tempo passou, e você seguiu sua vida. E ao esbarrar por aí, nas novas tecnologias, com fotos e escritos dela com outras pessoas, você sentiu ciúmes. Mesmo tendo passado toda aquela admiração. Tendo esquecido os detalhes.
Engraçado. Será que se leva pra sempre esse pingo de amor não correspondido?



minha mente nem sempre tão lúcida
é fértil e me deu a voz
minha mente nem sempre tão lúcida
fez ela se afastar
mas ela vai voltar...

domingo, 2 de janeiro de 2011

Eu não sei ficar brava.

Anda de um lado pro outro. Sobe o sangue. Ah, eu não acredito.. quando esse telefone tocar, eu quero só ver. Não respondo por mim. Vai ouvir, aaaah vai. Onde já se viu. Já se passaram horas! Depois fico mal do estomago e não sei porque. Nervoso. Aaaaah, vou gritar. Tá, ok, sou paranóica. Passou. AAAAAAAAH. Dessa vez eu vou falar. Um moooonte. Grr.

Telefone toca.

O-oi. Tudo bem sim, e contigo? Estranha? Eu? Não, tou não... Tá, tá bom, um beijo!


Foi-se tudo por água abaixo.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Como é que se escreve, R-E-V-E-I-L-L-O-N!

Fim de ano, na Globo!

Essas frases prontas de fim de ano grudam na nossa cabeça. Natal não é natal sem a voz da Simone te avisando que: "então é nataaaal" ou sem a velha piadinha do Pavê que não é pra comer. Pra quem nasceu em dezembro, a velha desculpa do 'um presente só' pelo Natal e Aniversário. E aí chega o novo dia, de um novo tempo que começou... 12 uvas, sete ondas. Pra uns, festa!, pra outros, um saco.

Eu era a segunda opção. Mas esse ano, eu tive uma pequena esperança de nova vida. Eu lembrei que tenho família. Fui cuidada pela melhor mãe do mundo. Vi que uma criança te chamando de 'tia' quando tu é filha unica, é uma sensação inexplicável de felicidade. E, quando depois de anos só recebendo recado por outros, teu telefone toca com teu pai te dizendo Feliz Natal e te esperando no dia seguinte com um abraço apertado, o natal até parece realmente feliz.
Quem sabe ano que vem até encontro por aí o espírito natalino dando uma volta com o espírito da coisa...

Reveillon, pé na estrada.
Até 2011!
F-O-I, fui! haha

BJM

domingo, 19 de dezembro de 2010

Beirando o ataque

Acho que eu deveria trocar de nome de blog com a minha querida amiga-irmã-mãe.
Quem tá precisando de uns Mojitos sou eu.

Res-piiiiiiira!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Você, neurótica.

Mal eu esqueço do que lembrei
Você aparece: Olá.
Olá coisa nenhuma, é o que me diz
Roubando meu whisky pra falar
Que eu te beijo como Judas beijou Cristo
Pois levo um tempo a imaginar como seria
Com quem e quando eu trairia o que eu jamais jurei te dar
Põe na minha boca palavras que não são minhas
Com a voz trêmula e trágica
E me ameaça quando diz "eu vou embora"
Ora... Vá!
Você tem seu direito de ir e vir
Mas eu também tenho o meu direito de querer ficar
Não precisa de um pedido de Habeas Corpus
A porta esta aberta.
__

Eu realmente acho (e tenho medo) que vai chegar um dia que vão cantar isso pra mim. Fato.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Amor e doença.

Um dia.
Uma hora.
Um abraço.
Um segundo.
Um amor.
Uma doença.

Uma vida.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

repetência

hoje eu não tou grande coisa
você vai me abandonar
pela cidade
vou ter q me apaixonar
ninguém ama só um
amar ninguém é o fim

VIVO MORRENDO DE AMOR
E QUERO FÉRIAS DE MIM!!!!

da lama à pista
a vida é besta
e eu tive um dia de cão
da lama à pista
o que me resta
é a festa da solidão

a vida é boa, a vida é bela
manda você de presente
e de repente
inventa outra vida urgente
mesmo vestida
estou sempre nua
sou de nenhuma pessoa
a vida é bela, a vida é boa
_

nessas horas eu lembro porque sou fã de Kid Abelha.

a música que eu deveria ter escrito.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

E a loucura finge que isso tudo é normal...

Fecho o portão, subo as escadas correndo.. não olho pra trás como de costume. Agradeço por ao menos uma vez o elevador estar parado no andar. Me atiro pra dentro, e escorro pela parede aos prantos. Me odiando por mais uma vez apenas dizer palavras vazias e sem sentido. Por guardar tudo dentro de um caldeirão-estômago, queimando em meio a tantas confusões. Por isso o enjôo, a aversão. Odiando àquelas lágrimas que não vieram antes, pq ao menos me fariam colocar tudo pra fora.
Tento me recompor, e abro a porta do apartamento torcendo pra não ter ninguém acordado. Torcendo pra que haja alguém pra perguntar o que aconteceu. Apenas vozes e risos, sem fazer muita diferença se vinham de alguma televisão ou da minha própria cabeça. Quarto escuro, cama.

A vida não é filme, eu não entendi.